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É ali, no meio de uma paisagem exuberante entre rios e montanhas, na linha raiana com Espanha que percorre a sub-região vitivinícola de Monção & Melgaço, que se cultivam as melhores videiras da nobilíssima e cobiçada casta Alvarinho.
O microclima atlântico temperado com influência continental deste território nortenho, que faz parte da Região dos Vinhos Verdes, demarcada em 1908, propicia a produção de um vinho de excelência e com características únicas de aroma e sabor. Intenso, encorpado e ao mesmo tempo fresco e perfumado, com mineralidade pronunciada e grande potencial de guarda e de evolução em garrafa, o Alvarinho é apreciado cá e além-fronteiras.
Acredita-se que a sua história remonte à criação das povoações de Monção e de Melgaço, há cerca de 700 anos, mas dados arqueológicos da segunda metade do século I a.C., referentes a artefactos como ânforas vinárias, revelam que a cultura do vinho na região era uma prática recorrente dos seus habitantes naquela época ancestral.
No século XIV, os ingleses descobriram-no e dirigiam-se a Portugal para trocar bacalhau pelo vinho de Monção.
A elevada qualidade do Vinho Verde deste território português viria a ser reconhecida já no século XX, tendo o Alvarinho de Monção e Melgaço sido registado na década de 30.
Desde aí, a sua identidade foi-se afirmando, contribuindo grandemente para o desenvolvimento de toda a zona minhota e do país.
Nem só de Alvarinho vive a sub-região de Monção & Melgaço. Além do microclima, com os seus invernos frios e chuvosos e verões quentes e secos, as condições naturais do terreno, serpenteado pelo rio Minho e seus afluentes e com solos maioritariamente graníticos, induzem a obtenção de outros Vinhos Verdes de elevada qualidade, produto de uvas de castas autóctones. Entre brancos, tintos e rosados, a que se juntam espumantes e aguardentes, todos com certificação e selo de garantia Monção & Melgaço, o difícil é escolher.
Os Vinhos Verdes Alvarinhos caracterizam-se pela sua cor palha intensa, com reflexos citrinos, aroma distinto, complexo e frutado. Acompanham na perfeição pratos de paladares mais fortes, como bacalhau, carne grelhada e assada, enchidos e queijos.
Já outros Vinhos Verdes brancos, das castas Loureiro e Trajadura, apresentam habitualmente cor citrina ou palha, aromas ricos, frutados e florais. São os ideais para acompanhar saladas, mariscos, peixes, carnes de aves e gastronomia oriental.
Os Vinhos Verdes tintos (castas Pedral, Alvarelhão, Borraçal e Vinhão) caracterizam-se pela sua cor e acidez ligeiras e pelo seu aroma moderadamente intenso. São ótimos para acompanhar a gastronomia regional minhota.
As castas tintas que atingem menos cor dão origem aos vinhos rosados. Revelam aromas intensos e frescos e servem-se especialmente como aperitivo ou a acompanhar sobremesas.
Vale a pena conhecer, e saborear, os Vinhos Verdes da sub-região de Monção & Melgaço, o berço do nobre Alvarinho. Um bom mote para excelentes momentos de convívio à mesa.