Seguindo uma tendência que tem vindo a marcar o rumo da generalidade do mercado automóvel, com particular ênfase na última década, e na qual o segmento frotista também tem feito questão de não ficar para trás, as soluções de mobilidade mais ecológicas, com a mobilidade elétrica à cabeça, têm vindo a ganhar espaço e atravessam um momento de franca afirmação.
Mas se é inquestionável que os veículos elétricos têm merecido luz verde por parte de um conjunto cada vez mais alargado de utilizadores, a verdade é que, ao seu redor, continuam a persistir mitos aos quais urge pôr travão. Convidamo-lo, por isso, a embarcar nesta breve incursão, onde procuramos esclarecer algumas das dúvidas mais comuns sobre a mobilidade elétrica.
Embora os veículos elétricos tenham sido primordialmente concebidos para uma condução em ambiente citadino, assente em percursos mais curtos, o mercado dispõe de soluções à medida de diferentes perfis de utilização. E se um veículo elétrico percorre, em média, 150 a 300 quilómetros com um único carregamento, existem já modelos com autonomia superior a 400 quilómetros e tempos de carregamento mais reduzidos.
À medida que a mobilidade elétrica foi ganhando mais adeptos, a rede de abastecimento foi-se expandindo, estando já disponível em grande parte do território nacional. Em Portugal, a rede de abastecimento abrange mais de 50 municípios e conta com mais de 1250 postos de carregamento, nomeadamente em estações de serviço, centros comerciais, hotéis e parques de estacionamento públicos. Por outro lado, é importante não esquecer que também é possível carregar um carro elétrico através de uma tomada doméstica normal, sendo para isso apenas necessário um adaptador.
O apetite crescente do mercado por este tipo de veículos tem conduzido à redução do seu custo de produção e a tendência de descida tenderá a acentuar-se no futuro, havendo cada vez mais alternativas mais acessíveis e competitivas. Não obstante, embora o custo inicial possa, efetivamente, em determinados casos, ser mais elevado do que o de um veículo com motor de combustão, a médio/longo prazo a opção por um carro elétrico tende a revelar-se mais em conta, em virtude da poupança que se obtém em termos de combustível e dos custos de utilização e manutenção serem significativamente mais baixos. Adicionalmente, são já vários os países que disponibilizam incentivos fiscais para a aquisição deste tipo de veículos mais amigos do ambiente, como é o caso de Portugal.
Não é verdade. A velocidade de aceleração dos veículos elétricos é, em tudo, semelhante aos dos veículos com motor de combustão, podendo até, em certos casos, ser superior. Existem, inclusive, carros elétricos que demoram menos de cinco segundos a acelerar dos 0 aos 100 quilómetros.
É falso. De acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, quase todos os materiais que compõem a bateria de um carro elétricos podem e devem ser reciclados, incluindo os metais raros. Existe também o exemplo das células de energia elétrica que podem vir a servir, posteriormente, para armazenar energia solar ou até mesmo eólica.
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