Frotas

Seguir adiante em tempos de incerteza

Inovação tecnológica, soluções tailor-made e compromisso com a sustentabilidade ambiental e económica: no arranque de 2020, o rumo do mercado automóvel e, em particular, do sector frotista parecia claro e sem entraves no horizonte. A chegada de uma conjuntura sem precedentes, ditada por uma pandemia de repercussão mundial, veio colocar o dia a dia dos cidadãos e das empresas em marcha lenta e é impossível prever ainda que impacto terá sobre a condução dos negócios. Navegando à vista, nomeadamente nos sectores fundamentais para o funcionamento do país e do mundo, porém, as frotas prosseguem a sua missão

Perante os desafios impostos pelo impacto de uma pandemia que está a colocar obstáculos inauditos à vida de todos os cidadãos e à sobrevivência das empresas, nas mais diversas áreas, especialmente no que concerne à vertente de distribuição, as frotas estão na linha da frente da batalha que nos une a todos, assegurando o abastecimento e o funcionamento de diferentes atividades, de modo a que o país não pare. Procurando ajustar-se e ainda sem certezas sobre o que o espera ao longo do caminho, o sector segue em frente, empenhado em dar o seu contributo para que todos ultrapassemos da melhor forma as dificuldades que a conjuntura impõe.

Numa altura em que, em Portugal, decorre ainda a fase preambular de uma crise cuja exata dimensão é impossível prever a esta distância, o sector frotista encontra-se a afinar estratégias para poder acompanhar as demandas de um mercado em mudança e existem poucas certezas. Não obstante, há sinais de confiança que não devem ser ignorados.

Desde logo, a Apetro (Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas) já garantiu que os postos de abastecimento estão a funcionar normalmente e que não haverá problemas na distribuição no atual período de emergência devido à pandemia causada pelo vírus covid-19. “Não existem, nem se antecipam quaisquer problemas na distribuição, estando a esmagadora maioria dos postos de abastecimento das nossas associadas a funcionar normalmente, embora algumas com horário de funcionamento ajustado às necessidades dos turnos de pessoal e com novos procedimentos sanitários impostos”, assevera a associação. Deste modo, a Apetro assegura que os consumidores podem estar tranquilos e confiantes quanto ao abastecimento, frisando que as indústrias de refinação e de distribuição e comercialização de combustíveis, GPL e lubrificantes são “imprescindíveis à mobilidade e bem-estar dos indivíduos, das frotas de distribuição, das forças de segurança, dos bombeiros, dos veículos de emergência e, consequentemente, o garante de que os produtos essenciais, tais como alimentos e medicamentos, chegam ao seu destino”.

Por outro lado, os diferentes players frotistas reiteram o seu compromisso em continuar a disponibilizar soluções à medida das necessidades dos seus clientes, mesmo em tempos de incerteza como aqueles que atravessamos.

Fotografia Pixabay

Renting em alta
Em 2019, o negócio da gestão de frotas, em Portugal, manteve a rota de crescimento, em larga medida alavancado pela performance em alta do segmento de renting. Dados divulgados pela Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF) revelam que o renting nacional fechou 2019 com resultados positivos, quer em produção quer em número de viaturas, alcançando crescimentos de 4 e 0,7%, respetivamente. Por conseguinte, no ano passado, o segmento de renting registou uma produção total de 37.402 viaturas, no valor de 761 milhões de euros. Já a frota total gerida pelas empresas de renting ascendeu às 122 mil viaturas, no valor de 1,9 mil milhões de euros, resultando em crescimentos de 6,6 e 9,3%, respetivamente.
“Estes resultados demonstram a importância crescente que o mercado revela em relação ao renting, sobretudo por parte das empresas, que veem neste produto a melhor solução para a gestão das suas frotas, uma vez que os serviços disponibilizados pelo renting lhes permitem uma excelente otimização da gestão das frotas”, sublinha a ALF, reconhecendo, paralelamente, o ”contributo crescente” que o segmento dos particulares tem tido para a evolução do negócio.