A comunidade heterogénea, entre hubbers residentes, daily pass e free trials, tem origem numa imensa diversidade de países, oriunda dos 5 continentes.
O IDEA surgiu em 2014. Começou no Parque das Nações, num primeiro espaço, com o Tejo como vizinho, a dar as boas-vindas a quem ali escolheu trabalhar. Esta é uma das maravilhas destes espaços, os hubbers que os habitam, escolheram ali estar e por isso fazem parte do espaço, são parte dele e acarinham-no como seu. O sentimento de pertença a esta comunidade é muito forte e as relações que aqui se criam ultrapassam a natural proximidade de quem divide um mesmo espaço de cowork. A sinergia colaborativa traduz-se no número de negócios entre hubbers. Mais 100 nos primeiros dois anos do espaço, que gerou mais de um milhão de euros dentro da comunidade.
João Simões, um dos ideólogos deste IDEA destaca a união dos hubbers e a força da comunidade como a pedra basilar do espaço. “O IDEA é feito de pessoas, que somos todos nós. Quem criou o espaço e aqui trabalha, os hubbers, o staff e até quem nos visita sente-se em casa aqui. Este é o nosso diferencial, o valor humano, que acreditamos fazer toda a diferença.”
O capital humano e o investimento até agora feito neste IDEA é 100% nacional. O IDEA surgiu pelas mãos do João Simões e da Sónia Freches. Ele, formado em marketing migrou para a área tecnológica e fez grande parte do seu percurso profissional dentro do universo de multinacionais, em ambientes empresariais altamente competitivos.
Ela, psicóloga, com um currículo preenchido pela psicoterapia, docência e formação. Cruzaram caminhos profissionais com esta IDEA: queriam criar um espaço de trabalho aglutinador. Que desse a oportunidade, a quem quisessem, de trabalhar no melhor ambiente, numa comunidade internacional, mas em pleno coração alfacinha. Aos dois juntou-se depois o Diogo Fabiana, criativo por natureza e com formação em turismo. Os três acreditam que encontraram a receita perfeita e que esta união resulta em cheio.
Prova disso é a lotação de 98% no Parque das Nações e a criação de um segundo espaço em Lisboa. A avenida Fontes Pereira de Melo, que liga o Marquês de Pombal ao Saldanha, foi o spot eleito. O renovado Palácio Sotto Mayor é a segunda casa do IDEA. Em pouco mais de um ano, o espaço cresceu, renovou-se, aumentou a sua capacidade e tem uma lotação a 100% com a recém ampliação terminada a tempo da comemoração do primeiro ano do IDEA nesta nova localização.
O conceito visual aqui é diferente. O espaço é mais arrojado. O Palácio assim o permite. João Simões explica “quisemos inovar e aumentar as possibilidades. O anfiteatro dá-nos a vantagem de podermos ter aqui conferências, debates, pitchs. Há uma série de ideias que aqui podemos explorar e que contribuem para unir a comunidade. E depois dá-nos outra vantagem que é podermos explorar uma agenda empreendedora e até cultural.”
Esta é outra inovação, o espaço respira vida e está em constante movimento. É muito mais do que um espaço onde se trabalha. “Já aqui se fez um pouco de tudo. Uma das alegrias de quem habita este espaço é esta vida que o espaço tem. Depois de um dia de trabalho, os hubbers juntam-se como se poderiam juntar num pub ou numa esplanada e trocam ideias, conversam. É o conceito anglo-saxónico de “mingling” no seu estado mais puro” confessa João. O conceito sai reforçado com a parceria com a Carlsberg. A marca dinamarquesa também está presente no espaço, tem uma equipa a trabalhar no local e é parceira do IDEA, com patrocínios nos eventos e happy-hours às quintas-feiras.
A Carlsberg é uma das conhecidas marcas internacionais que aqui habita. A Bodyshop, a Betclic, Yamaha, SDG, Salsify, Volkswagen Group services Iberia, GoInside e a Monese são outros exemplos de hubbers com uma sólida presença no mercado empresarial e que escolheram fazer parte desta comunidade.
Os hubbers multiplicam-se e o espaço está lotado. Há todo o tipo de perfis empresariais no espaço. Desde o freelancer à estrutura mais complexa. De diferentes ramos de atividade e em diversos estágios de maturidade empresarial. Há quem esteja a dar os primeiros passos e quem já tenha o seu espaço bem definido no mercado empresarial. “E no curto espaço de vida que o IDEA tem já foi possível ver empresas nascerem, crescerem e multiplicarem-se” brinca João Simões. “É de facto uma realidade temos o caso de empresas que começaram aqui com apenas uma pessoa a atuar no mercado nacional e que agora tem uma equipa de 46 pessoas, e que trabalha em 5 países. É muito gratificante ver este crescimento dos nossos hubbers que acaba por ser também um pouco nosso”, sublinha João.
O IDEA que cresce a dois dígitos, está bem e recomenda-se. Tem atraído cada vez mais start-ups, empreendedores, investidores, com uma lista de espera generosa, para vagas que possam eventualmente surgir em um dos dois espaços disponíveis na capital. Por isso mesmo, há planos de expansão para o futuro próximo. Em Lisboa há já um terceiro espaço em vista, com a localização ainda por revelar. Fora da capital, o Porto impõe-se como escolha natural.
Mas o IDEA quer mais e ir para fora de portas é outro dos objetivos no médio prazo, Madrid, Barcelona, Valência, Dublin, Berlim, São Paulo, são alguns dos destinos que estão no radar do IDEA.
A contribuir para esta vontade de crescer está o constante assédio por parte de fundos de investimento e investidores para entrarem no capital do IDEA. João, Sónia e Diogo se por um lado se revelam orgulhosos e se sentem lisonjeados com estas investidas, por outro lado questionam-se se será este o timing para avançar. João garante que “seria uma excelente oportunidade, mas por outro lado queremos garantir que vamos manter a nossa essência, a aposta no capital humano e o lado criativo”.
A criatividade é um dos atrativos destas e de tantas outras empresas. “Há coisas que não se explicam, são como são naturalmente. São já vários os casos de empresas sólidas que nos procuram para colocarem aqui equipas a trabalhar e poderem absorver o espírito empreendedor que aqui se respira. Porque este é de facto um espaço onde se sente a inovação, a tecnologia e a criatividade. A PWC, que está aqui ao lado, tem uma equipa a trabalhar no IDEA Palácio com esse intuito e tem resultado muito bem”, defende João.
Esta procura pela criatividade que aqui se vive e por mentoria do IDEA, levou a que o grupo se lançasse em vários projetos de criação de espaços dinâmicos colaborativos fora dos espaços do IDEA para outras empresas nacionais e internacionais.
O IDEA quer continuar a crescer e ambiciona atingir os 50 mil hubbers, numa comunidade repleta de talentos, e transformar-se na maior rede de pessoas e empresas do país.